SOLIDÃO É UMA ILHA COM SAUDADE DO BARCO - (Adriana Falcão)

SOLIDÃO É UMA ILHA COM SAUDADE DO BARCO -  (Adriana Falcão)

terça-feira, 26 de abril de 2011

É PRECISO...



É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.

É preciso não esquecer de ver o novo borboleta
nem o céu de sempre.

O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.

O que é preciso esquecer é o dia carregado de actos,
a idéia de recompensa e de glória.

O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.

De, Cecília Meireles.

sábado, 23 de abril de 2011

sexta-feira, 22 de abril de 2011

A CRUZ.



A CRUZ...

É ESTRANHO QUE UMA FERRAMENTA DE TORTURA

TENHA PERSONIFICADO UM MOVIMENTO DE ESPERANÇA.

Max Lucado.

domingo, 17 de abril de 2011

COIMBRA MENINA E MOÇA.




LETRA: Fausto Frazão
MÚSICA: Edmundo Bettencourt

Coimbra menina e moça
Rouxinol de Bernardim (bis)

Não há terra como a nossa
Não há no mundo outra assim (bis)

Coimbra é de Portugal
Como a flor é do jardim (bis)

Como a estrela é do céu
Como a saudade é de mim. (bis)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

COM AGULHAS DE PRATA...



Com agulhas de prata
de brilho tão fino
bordai as sedas do vosso destino.

Bordai as tristezas
de todos os dias
e repentinamente as alegrias.

Que ficam as sedas
muito primorosas
mesmo com lágrimas presas nas rosas.

Com agulhas de prata
de brilho fino...
ai,bordai as sedas,
sem partir o fio!

Cecília Meireles.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

O OUTONO JÁ CHEGOU.



O Outono já chegou - aos arrufos do vento
as folhas num desmaio embalam-se pelo o ar...vão
caindo...uma a uma, em desalento
e uma a uma, lentamente, vão no chão pousar...
O céu perdeu o azul - vestiu-se de cinzento
e envolveu na nebelina a luz baça do luar...
- na alameda onde vou, de momento a momento,
há um gemido de folha a cair e a expirar...

O arvoredo transpira a carícias dos ninhos,
e o vento a cirandar na curva das estradas
eleva o folhareu no espaço rm redemoinhos...

Há um córrego a levar as folhas secas em bando...
- e a aragem que soluça entre as ramas curvadas,
parece que o àrvoredo em coro está chorando...

De, J.G. Araújo Jorge.